10/05/2020

Quem não reage, rasteja

"Quem não reage, rasteja"! Boa esta frase, né!? Mas não é minha. É de Cláudio Assis.

Cláudio Assis é cineasta BRASILEIRO. Como tal, ganhou inúmeros prêmios. É polêmico. É questionador. É provocador. É "cutucador" de ferida. É, como ele próprio se define: "pobre metido a besta".  Como diretor, fez os longas: Amarelo Manga, Baixio das Bestas, Febre do Rato, Big Jato e Piedade.

Cláudio Assis é de PERNAMBUCO. É apaixonado pelo Brasil, pela nossa gente, pela nossa cultura.

Mas e daí? E eu com Cláudio Assis? E o Pode Cornettah com isso? E daí que estou sumido e preciso voltar. Preciso reagir para não rastejar. E daí que caminhei por várias vertentes que a literatura me permitiu. Do blog surgiu o canal youtube, o perfil no instagram e o podcast. Brinquei de ser roteirista, editor, câmera, iluminador. Como entrevistador cheguei a grandes nomes da cultura nacional como Mário Sérgio Cortella, Fernando Anitelli e Duo Sciotti. Foi uma boa caminhada. Um caminho ora motivador, ora desgastante. É legal ser reconhecido como questionador, sonhador, entusiasta, provocador. É legal quando me perguntam: quando voltam as entrevistas? E o Pode Cornettah? Entrevistas... Cláudio Assis, por exemplo, é um cara em que a entrevista certamente viraria uma conversa do tipo daquelas de boteco, com hora para começar e sem hora para terminar.

Mas não é fácil querer ser um agitador cultural num lugar onde as pessoas não se interessam por literatura, música brasileira e cinema nacional. É muito difícil querer e fazer todo este trabalho sozinho. Já tive uma pequena produtora trabalhando comigo uma época. Foi interessante, mas tive que decidir entre o leite das crianças ou os vídeos. Num outro momento cheguei à investir uma grana que não tinha num produtor que não produziu nada e que acabou me devolvendo a grana depois de muita luta.

Aí veio a pandemia. Rapaz, que loucura! Aproveitei este período para fazer alguns vídeos solos, dando a minha opinião em alguns assuntos, questionando outros tantos e cheguei até fazer uma paródia (Bozo Tchau). Escrevi bastante em minha redes pessoais sobre família e a nossa convivência durante este período. Também aproveitei esta fase para ver, assistir, e estudar bastante coisa sobre o audiovisual brasileiro. Li pouco, confesso. Mas assisti muita coisa. Quanto mais eu assisto, mais eu aprendo, mais me orgulho de tudo que produzimos. E mais eu penso: como tem coisa boa para ser escrita, divulgada, compartilhada e cornetada.

Poderia dizer a vocês que "Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé" mas, ao invés disso, direi: "Quem não reage, rasteja"! Isso vale para mim como agitador cultural através do Pode Cornettah, como Engenheiro de desenvolvimento de produto na empresa onde trabalho, como pai, marido, filho, irmão, sobrinho... Esta frase vale para mim e vale para você, leitor, seguidor, amigo, no seu campo de atuação.

Vou reagir porque gosto e sei escrever. Vou reagir através do blog porque a escrita é o coração de tudo, afinal, nada existiria sem a escrita, sem a literatura. Não existiram documentos, cartas, roteiros, novelas, filmes, seriados... entrevistas!

Seguirei sonhando, pesquisando, compartilhando, fomentado e cornetando!

Grande Abraço,

Eduardo Caetano

Por isso minha cornetada de hoje é: conheçam Cláudio Assis e seus filmes:


Foto: Cena do filme Amarelo Manga
Fonte: https://cinefiliaincandescente.com/2017/01/critica-amarelo-manga2002-de-claudio.html

 
Foto: Cena do filme Baixio das Letras
Fonte: https://tocadocinefilo.com/2007/05/23/baixio_das_bestas/

 
Foto: Cena do filme Febre do Rato
Fonte: http://entrelinhablog.com.br/febre-do-rato/


Foto: Cena do filme Big Jato
Fonte: https://revistamoviement.net/big-jato-de-claudio-assis-dfcf158858ff


Foto: Cena do filme Piedade
Fonte: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2020/06/e-um-filme-atemporal-diz-claudio-assis-sobre-piedade-filme-disponi.html








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